Não há como negar que o primeiro boom do MMA feminino com o grande público, principalmente nos Estados Unidos, passou pelas mãos de Miesha Tate. Mas agora, um ano depois de sua derrota para Ronda Rousey no Strikeforce, ela finalmente chega ao grande palco e vai estrear no UFC neste sábado, contra Cat Zingano, em Las Vegas, no evento final do TUF 17.

"Cara, essa é a hora de mostrar todo o trabalho duro que eu fiz até agora e em toda minha carreira. Estou indo lá para me divertir, é isso que realmente importa", resumiu a lutadora de apenas 26 anos em conversa com o blog durante essa semana.

Miesha até tenta desviar o foco de uma possível "revanche de musas" contra a campeã do UFC, mas sabe que não tem como fazer isso por muito tempo. Tate e Rousey monopolizaram a foco do esporte em março do ano passado, foi a primeira grande luta feminina que ganhou enorme atenção dos torcedores. E nenhuma fugiu, por exemplo, do rótulo duelo de musas.

"Sinceramente, não estou pensando na Ronda. Na verdade, sei que ainda vou responder muitas perguntas sobre isso. Mas estou tentando não pensar. Estou apenas empolgada em fazer parte de tudo isso", explicou a ex-campeã feminina peso galo do Strikeforce, que é namorada do também lutador do UFC Bryan Caraway.

Além desse componente revanche, a luta entre Miesha Tate e Cat Zingano vale muito mais. A vencedora vai disputar o cinturão do Ultimate e será técnica da próxima edição do reality show The Ultimate Fighter, que contará com homens e mulheres na disputa.

E a lutadora já tem suas primeiras ideia sobre o programa. "Só tenho uma coisa a dizer: será SELVAGEM. Mas exatamente como, nem eu e nem ninguém sabe o que esperar desse programa. Será algo muito diferente de tudo que vimos até agora. E espero que eu possa estar lá."

Tate não consegue esconder a felicidade de finalmente poder lutar no UFC, ela sabe que é um sonho que está se tornando realidade e, por isso, quer aproveitar essa oportunidade. "É exatamente um sonho que estou realizando, algo que sempre quis cinco anos atrás, quando comecei toda essa jornada. Era o que eu queria, sempre quis, estar no UFC."

"Ainda não sentia muita diferença entre estar no Strikeforce ou no UFC. Vou lutar em um lugar maior, apenas. Ah, vai… Tem uma diferença que acho demais. Agora não falo mais que vou para o cage [gaiola, jaula], agora eu vou para o octógono! (risos)."