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Soberba e favoritismo derrubam Uriah Hall em uma das maiores decepções do UFC

Jorge Corrêa

15/04/2013 06h01


"Ele estava mentalmente quebrado." Essa foi a maneira que Dana White achou para explicar uma das maiores decepções do UFC nos últimos tempos. Depois de uma participação avassaladora no The Ultimate Fighter, mandando pelo menos três rivais para o hospital, Uriah Hall esteve irreconhecível na final e acabou perdendo para Kelvin Gastelum.

O jamaicano radicado em Nova York não apresentou nada do que tinha lhe dado uma enorme fama e o apelido de "homem-ambulância". Não atacou com efetividade, não tentou golpes plásticos ou giratórios, não bateu com a força que assustou os participantes.

Mais que isso, ele entrou no combate com uma nítida soberba, uma autoconfiança exagerada. Era fácil de perceber em suas expressões e principalmente em sua postura dentro do octógono. Ficava com a guarda baixa e usando apenas a esquiva, como Anderson Silva – o melhor de todos os tempos – faz com primazia. Mas aparentemente ele se esqueceu que não era o Spider.

O que Hall não esperava encontrar era um rival absurdamente preparado e concentrado durante os 15 minutos de combate. Kelvin era a imagem do trabalho duro, da obstinação, ainda mais depois de sempre ter sido apontado como azarão dentro do programa.

Dito isso, algumas teorias surgiram sobre a atuação do até então favorito – disparado. A primeira delas é que ele não suportou a pressão de todo o favoritismo em sua volta. Era muita gente elogiando, Dana White o apontando como futuro dos pesos médios. Com pouca experiência, não estava pronto para suportar tanta propaganda em cima dele.

O próprio já tinha dado a entender, em entrevistas antes da luta, que não estava lidando muito bem com isso. Alguns sinais de que ele estava com a "cabeça fraca" já estavam lá.


A outra é pura e simples soberba. Ele realmente acreditou em tudo que falaram, que ele era o melhor que surgiu nos últimos tempos. Assim, não se preparou tão bem, não foi para a luta com a concentração necessária. Achou que era apenas ir lá, que venceria quando e como quisesse.

"Eu estava tentando me divertir um pouco. Uma parte foi isso e outra foi muito complicada. Eu treinei com esse cara, eu gostava dele. Era o tipo de emoção que estava tendo de enfrentar e que era muito estranho. Ir para o octógono foi como 'merda, lá vou eu de novo'. Mas não há desculpas. Kelvin é um grande lutador e por isso venceu", disse Uriah.

E você, amigo internauta, o que acha que aconteceu com o "homem-ambulância"?

PS: Post número 1000 do blog! \o/

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