Ex-campeão dos meio-pesados (93 kg), Lyoto Machida tem uma nova estreia no UFC seis anos depois de fazer sua primeira luta no evento. No combate principal do card em Manchester, Inglaterra, ele terá seu debute como peso médio (até 84 kg) contra Mark Muñoz. Mas além dessa novidade, ele também admite que vai encarar uma série de críticas.

Apesar de ter sido apontado por muitos como vencedor do combate, até mesmo pelas estatísticas, o brasileiro acabou derrotado por Phil Davis no UFC Rio 4 em agosto passado. Só que até mesmo Dana White reclamou do estilo do brasileiro, que pouco atacou no combate, apesar de ter acertado a maioria dos golpes que tentou.

"Claro que as críticas pesam um pouco, eu tenho que ouvir os críticos, ouvir meu chefe, para sempre fazer melhor. Mas não encaro como pressão, tento ver o lado positivo das críticas, ver onde posso melhorar. Não é uma coisa ruim", explicou Machida ao blog, explicando em seguida que deve se apresentar melhor, ou, pelo menos, atacar mais.

Nessa conversa, ele ainda falou sobre como está sendo cortar peso pela primeira vez na carreira, porque decidiu mudar da categoria e como é a situação de enfrentar um amigo, além de um possível confronto contra Anderson Silva.

Foi fácil o processo de corte de peso? Está sendo tranquilo bater o peso, fiz um planejamento, estou comendo bem, estou fazendo uma dieta boa. Fiquei muito confortável, me sentindo forte, apenas com o cansaço normal da viagem e do fuso horário.

Por que só agora você decidiu descer de categoria? Nunca pedi essa mudança, sempre falei que meu foco era a categoria dos meio-pesados, que foi onde apareci e me consagrei. Foi o UFC que ofereceu a oportunidade de descer de peso, achei que era uma boa oportunidade. Queria ver como que me sairia como peso médio.

Mudou muito trabalhou quando você trocou de rival, do Tim Kennedy para o Mark Muñoz? Não mudou muito meu treino, porque são dois caras que tem a base no jogo agarrado e no wrestling, mas quero impor meu estilo. Muñoz só é um cara mais agressivo, que parte mais para cima.

Depois das críticas e das polêmicas da última luta, você pretende mudar seu estilo? Vai depender muito de como a luta transcorrer. Se ele vier para o ataque, não precisarei partir tanto para cima. Mas preciso sentir a luta. No caso de ele ficar acomodado e não atacar, vou ter de ir para cima.

Mas você sentiu o peso do que falaram sobre você? Claro que as críticas pesam um pouco, eu tenho que ouvir os críticos, ouvir meu chefe, para sempre fazer melhor. Mas não encaro como pressão, tento ver o lado positivo das críticas, ver onde posso melhorar. Não é uma coisa ruim.

E como está sendo enfrentar um ex-colega de time? Não é fácil passar por essa situação, mas isso faz parte do trabalho, estou lá como um profissional. Conversamos antes de eu tomar essa decisão de eu aceitar essa luta. No final vai ficar tudo bem, a amizade continua. Isso é apenas parte do negócio.

Mas isso abre o precedente para um dia enfrentar o Anderson Silva em uma disputa de cinturão? Tudo pode acontecer, mas não quero pensar em cinturão. Não sabemos quantas lutas eu preciso para isso ou quanto tempo mais o Anderson vai lutar. Nossa relação é ótima, tranquila, mas não tem porque pensar nisso agora. É cedo para mim. Estou apenas começando na categoria e ele está brilhando nela há muito tempo.