Erick Silva, sem nada a provar
Jorge Corrêa
10/05/2014 09h41
Ele já foi apontado como maior esperança do MMA brasileiro, mas o cartel de quatro vitórias em sete lutas no UFC mostra que tudo não saiu como o planejado em quase três anos na franquia. Mas neste sábado, Erick Silva tem seu maior desafio contra Matt Brown, na luta principal do evento em Cincinatti.
Aos 29 anos, o capixaba já não pode ser chamado de fenômeno ou revelação com resultados que ele tem. Mas Erick garante que não tem nada a ser provado. Agora, a meta é mostrar todo seu potencial. Para isso, quer usar os cinco round que terá direito contra o norte-americano.
Conversei com o brasileiro antes dessa que é a mais importante luta que fez no UFC, não coincidentemente a última de seu atual contrato. Silva falou sobre sua preparação, sobre como o combate deve se desenvolver e sobre como ele está em boa fase no lado pessoal – tudo indica que ele está namorando a atriz Grazi Massafera.
O que você acha que precisa mostrar e provar no UFC? Acho que realmente não tenho de provar nem mostrar nada. Faço meus treinos sempre visando minha próxima luta, estou em um bom momento, tenho um estilo que o UFC gosta e agora estou em busca da minha próxima vitória.
Tudo bem, mas pergunto se você ainda tem algo a mostrar e que ainda não mostrou no octógono. Ah, isso todo atleta tem. Tenho certeza que só mostrei 60% do que eu posso. Minhas lutas são muito rápidas, então não mostrei tudo do meu arsenal na luta em pé. Tenho condições de mostrar muito mais para o público. Mesmo assim, evolui muito desde a minha estreia no UFC. Na verdade, até espero que minha luta não seja rápida, que duro os cinco rounds.
E o que te dá tanta confiança para essa luta? Meu psicológico. Estou em uma fase muito boa da minha vida. Já tive algumas lutas em que estava passando por problemas pessoais. Mas hoje estou tranquilo e com minha vida pessoal no caminho certo.
O que muda para você estar em uma luta principal e nos Estados Unidos? Estou bastante tranquilo com isso porque, para mim, não faz diferença. Podia ser a última luta ou uma do meio do card. Sei que estou encarando um cara duro, que é sétimo do ranking da categoria e muito técnico. É isso que me importa.
Mas e o fato de serem cinco rounds? Ah, sim. Isso muda mesmo, mas treinei bastante para isso. O que mudou foi o tempo dos treinamentos. Enquanto meus parceiros faziam 15 minutos, eu fazia 25 minutos. Mas a pressão não é maior.
Seu estilo é bem parecido com o do Matt Brown. Acha que a luta será decidida na trocação? Acho que temos plenas condições de que aconteça isso mesmo, mas tenho um chão muito bom se precisar usar. Treinei tudo e muito forte, a luta pode se desenvolver no chão, que estou pronto. A trocação é melhor para ele, mas vou buscar nocauter.
Você mudou algo ou fez algo diferente especificamente para essa luta? Nada. O que tive foi um lastro do treino da minha última luta. Foi como se me preparasse por cinco meses, nem parei. Tive só o cuidado, com meus treinadores, de não entrar em overtraining, passar do ponto. Estou muito bem.
Serviço: O UFC deste noite começa às 19h (de Brasília) e terá transmissão apenas pelo canal em pay-per-view Combate.
Card principal
Matt Brown x Erick Silva – Meio-médios
Costa Philippou x Lorenz Larkin – Médios
Erik Koch x Daron Cruickshank – Leves
Neil Magny x Tim Means – Meio-médios
Soa Palelei x Ruan Potts – Pesados
Chris Cariaso x Louis Smolka – Moscas
Card preliminar
Ed Herman x Rafael Sapo – Médios
Kyoji Horiguchi x Darrell Montague – Moscas
Yan Cabral x Zak Cummings – Meio-médios
Eddie Wineland x Johnny Eduardo – Galos
Manny Gamburyan x Nik Lentz – Penas
Justin Salas x Ben Wall – Leves
Anthony Lapsley x Albert Tumenov – Meio-médios
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