Cormier e o grande perigo a Jon Jones
Jorge Corrêa
25/05/2014 12h53
Depois de 10 dias longe aqui do blog por um grande motivo – o nascimento da minha filha – volto para falar do UFC 173, que aconteceu no último sábado em Las Vegas. Não vou discorrer agora sobre a surpreendente derrota de Renan Barão, vou começar pelo co-main event da noite, que também foi impressionante.
Fazendo sua segunda luta como meio-pesado, Daniel Cormier provou que chegou a categoria para assombrar qualquer adversário, inclusive o campeão Jon Jones. Ele até era favorito contra o veterano Dan Henderson – ainda mais com ele fazendo sua primeira luta sem TRT – mas dificilmente alguém esperava um passeio, um show como o que aconteceu no MGM Grand Garden Arena.
Com 43 anos, Hendo vinha de um belo nocaute sobre Maurício Shogun e enfrentou TODOS os grandes lutadores do MMA nos últimos 10 anos, de Anderson Silva a Fedor Emelianenko. Mas não chegou nem perto de levar algum risco a Daniel Cormier, campeão do GP dos pesados do extinto Strikeforce.
Uma cena foi emblemática: Cormier levantou Hendo sobre sua cabeça e o arremessou no chão como um boneco de pano ou uma luta de pro-wrestling (sabe, aquelas de marmelada?), seguido de uma rasteira vexatória. A finalização com Dan terminando desacordado foi apenas a cereja do bolo.
Claro que Hendo não era exatamente um grande desafio para Daniel, mas a maneira como ele conduziu o combate é que assombrou a todos. Nem Anderson Silva tinha tirado o veterano para nada daquele jeito. Isso só prova a evolução de Cormier que, se já tinha o melhor wrestling do MMA, agora se mostra um lutador cada vez mais completo.
Jon Jones tem sua revanche contra Alexander Gustafsson apalavrada para o final de agosto – falta o acerto de alguns detalhes e a assinatura – mas ele pode começar a se preocupar com DC. O sueco já mostrou o caminho e que é possível vencer o campeão. Cormier tem as armas perfeitas para entrar nessas falhas.
Assim como fez contra Glover Teixeira, a melhor maneira que Jones teria para evitar Daniel seria usando sua envergadura, mão na cara e dedo no olho. Mas Cormier já mostrou que seria menos passivo a isso que o brasileiro.
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