Quem acompanhou as lutas dessa terceira edição do reality show The Ultimate Fighter Brasil na TV Globo deve ter reparado que elas não foram um primor técnico em sua maioria. A grande questão é que essa é uma realidade do programa, seja na versão brasileira, seja ao redor do mundo.

Então por que um programa que existe para revelar grandes talentos tem lutas tão fracas? E por que esses caras foram escolhidos? Esses combates servem de parâmetro para as finais? É isso que vou explicar.

As condições que os participantes enfrentam durante o programa são muito adversas, eles não tem as mesmas condições do que quando fazem lutas normais de suas carreiras. Vamos as essas situações complicadas:

1) O programa é gravado em 40 ou 45 dias. Com a luta preliminar, para entrar na casa, os finalistas tem de fazer três combates nesse exíguo espaço de tempo. É só imaginarmos que o tempo mínimo para você se preparar para uma luta é de dois meses, como fazer isso em poucos dias?

2) Assim como o espaço entre as lutas é pequeno, o tempo para cortar peso também é – menos para os pesados, que foi o caso dessa temporada. Isso desgasta muito os atletas e também mina sua condição física.

3) Os participantes treinam praticamente todos os dias na casa e os treinos são pesados. Eles se entregam muito nesse momento porque, se não conseguirem uma vaga no UFC como campeões do TUF, podem garantir um contrato por indicação dos técnicos. Foi o caso de Guilherme Bomba neste ano.

4) Até pela intensidade dos treinos e pela entrega nas luta, as lesões são muito comuns. Claro que as graves tiram os participantes do programa, mas muitas outras menores são escondidas. Nesse ano isso aconteceu com Marcio Lyoto que machucou o pé, mas ainda sim conseguiu ir à final.

Com tudo isso, os combates do programa não necessariamente servem como parâmetro para as finais. Elas dão uma ideia da capacidade técnica dos lutadores, mas não mostram tudo que eles podem dar. Quer saber o que eu acho sobre as duas decisões desta noite? É só ver o vídeo acima!