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As missões e “dívidas” que devem fazer Anderson adiar aposentadoria

Jorge Corrêa

02/02/2015 07h47

Direto de Las Vegas

Missão. Essa é uma das palavras preferidas de Anderson Silva. Muito ligado ao militarismo, por ter sido criado em uma família de policiais em Curitiba, e fã de carteirinha do Bope [Batalhão de Operações Especias] do Rio, assim como do filme Tropa de Elite, ele não se cansa de dizer: "Missão dada é missão cumprida".

E esse deve ser o principal motivo pelo qual Anderson Silva deve adiar sua aposentadoria, apesar dos pedidos emocionados de sua família. Ele acredita que ainda tem uma missão.

Logo depois de vencer Nick Diaz, por pontos, no UFC 183, no último sábado, o ex-campeão do médios revelou que seu filho Kalyl pediu, mais uma vez, que ele parasse de lutar. Isso, aos prantos. Essa situação deixou Spider muito tocado. Agora, terá uma conversa com sua família antes de decidir se lutará ou não mais uma vez.

Anderson Silva deixou a entrevista coletiva ainda muito emocionado e fui cumprimentar cada membro de sua equipe. Parecia uma despedida, mas a cada momento que ele falava de sua família, fazia questão de frisar que "ama muito lutar" e seu trabalho no UFC. Parecia uma grande briga interna entre sua paixão pelo MMA e o amor por sua família.

Além dessa ligação extrema com as lutas, o brasileiro ainda tem algumas missões e dívidas que não o deixarão longe do UFC. Essa proximidade com o evento e as missões não cumpridas devem levar a novas lutas.

O primeiro grande compromisso é o de comandar, ao lado de Maurício Shogun, a quarta edição do TUF Brasil. É difícil imaginar que, depois de aparecer em rede nacional semanalmente por mais de três meses, o UFC não vai forçar uma nova luta para ele.

"Não sei quanto tempo eu preciso para decidir se vou voltar a lutar ou não, é uma decisão difícil para eu tomar com a minha família. Tenho o TUF com o Shogun agora, minha família vai ficar aqui [em Las Vegas] comigo. Vamos ver."

Outra missão ainda não completada é uma superluta com o ex-campeão dos meio-médios Georges St-Pierre, que continua aposentado e se recuperando de uma grave lesão no joelho. Dana White se mostrou interessado em casar o combate e Anderson também não disse "não" para ele.

Retomar o cinturão dos médios também é uma perspectiva para o Spider, além do sonho dos torcedores de verem ele enfrentar novamente Vitor Belfort ou Chris Weidman. Mas o que mais comove ainda o ex-campeão é saber que ele inspira muita gente. Isso é o que mais sentiria falta se parasse agora.

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