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Volta de Fedor pode ser contra brasileiro. Mas ele precisa chocar a todos

Maurício Dehò

14/10/2015 13h07

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A volta de Fedor Emelianenko é um dos assuntos mais quentes do ano. Afinal, o retorno de um dos melhores de todos os tempos aos 39 anos mexeu com quem acompanhou seus tempos áureos. Para um evento vendido como o "novo Pride" (apesar de não ser para tanto), em 31 de dezembro, o russo teve ventilado como rival o indiano Jaideep Singh. Mas há um brasileiro querendo se meter no meio dessa.

Carlos Toyota quer surpreender indiano para 'tomar' sua vaga frente a Fedor

O nome de Singh apareceu com certa estranheza para rival de Fedor. Apesar de experiente no kickboxing, tem só uma luta de MMA, em 2013. Até como forma de legitimá-lo como adversário para o russo, o indiano teve de última hora um combate marcado para este sábado, no Japão, no Deep. É aí que entra o brasileiro Carlos Toyota.

Carlos, radicado há 20 anos no Japão, onde chegou para trabalhar em fábricas de autopeças, foi chamado às pressas para o combate contra Singh. Os organizadores aceitaram, sem questionar, sua bolsa, fizeram questão que ele aceitasse o convite, desmarcando outra luta já agendada… A insistência fez sentido quando, de acordo com ele, garantiram que, caso ele vença Jaideep Singh, é ele quem encara Fedor Emelianenko.

Carlos tem por certo de que a intenção dos organizadores é de ver Singh ganhando e fazendo seu cartel crescer, para enfrentar Fedor em seguida. Mas pode surpreender.

"Sei que me deram uma chance agora é aproveitar", afirmou ele, ao blog. "Me chamaram de última hora para essa luta contra o indiano, valendo o cinturão. Eu não ia aceitar, ia tentar colocar outra pessoa no meu lugar, porque tenho outra luta. Mas falaram que tinha que ser eu. Depois que assinei, o promotor disse que o Nobuyuki Sakakibara (ex-Pride) vai ver essa luta e que o adversário do Fedor sairá do nosso combate".

Ele adicionou: "Estava estranhando chamarem o indiano para enfrentar o Fedor, porque ele estava sem lutar (MMA). Como ele ia conseguir essa chance sem lutar, eu não sabia. Quando me chamaram para essa luta, eu fiquei curioso, estava estranho, porque nem questionaram minha bolsa, nem nada. Depois de assinar é que começaram a falar os outros detalhes".

Carlos Toyota também não tem um cartel vistoso. São seis vitórias, seis derrotas e um empate. Vem de três triunfos, com nocautes – mas os rivais são medianos. No Japão, ele virou faixa-preta de caratê e de jiu-jítsu, pratica boxe há dez anos e hoje tem sua academia.

"Hoje tenho minha academia de lutas. Mas cheguei trabalhando em fábrica de autopeças, há 20 anos, como quase todo mundo faz", contou o brasileiro, que tem a chance da vida neste sábado.

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