Rockhold lamenta surra prolongada em Weidman e diz que Belfort o fez melhor
Maurício Dehò
16/12/2015 07h57
A surra que Luke Rockhold aplicou em Chris Weidman no UFC 194 deveria ter sido encerrada mais cedo. E não sou apenas eu quem está dizendo. O próprio Rockhold, novo campeão dos médios da organização, lamentou o combate não ter sido encerrado mais cedo. O norte-americano analisou sua vitória ao Three Amigos Podcast, um programa de MMA dos Estados Unidos, e ainda "agradeceu" a Vitor Belfort por ter chegado onde está agora.
Sobre o combate, Rockhold disse que sempre se sentiu controlando as ações. A ponto de até "exagerar" na surra, para conseguir encerrar o duelo.
Weidman deixou o combate nesse estado (Reprodução)
"Eu o desequilibrei cedo, na luta, e estava achando minha distância. Chris é um cara duro, eu sabia que tinha de achar o jeito certo de dar meus golpes. E tudo o que ele fazia não me afetava em nada. Eu sabia que meus socos e chutes estavam o abalando", disse o norte-americano.
Questionado sobre o terceiro round, em que acertou uma saraivada de golpes e quase acabou com o rival, afirmou: "Nesse momento da luta, eu estava pensando: "O que está acontecendo? Por que não param a luta?'. Não sabia o que mais tinha de fazer, sabe. Eu estava esperando pelo encerramento, o que infelizmente não veio, então tive de engolir isso para voltar para mais um round". A luta acabou no quarto assalto.
Weidman afirmou que a derrota era "necessária" e que já está tirando o melhor dela para voltar a ser campeão. Ao comentar isso, Rockhold lembrou de sua derrota para Vitor Belfort. Desde lá, não perdeu mais e conquistou mais um cinturão na carreira – ele também foi campeão no Strikeforce.
"Chris é um cara religioso e precisa achar as razões das coisas. Acho que a derrota será boa para ele, vai deixá-lo melhor e ensinar lições. O revés que tive com certeza me fortaleceu, fez de mim um melhor lutador. Acho que o mesmo vai acontecer agora.
Por fim, o norte-americano disse que teve um problema grave no seu treinamento para esta luta. Ele enfrentou uma celulite infecciosa, que minou sua resistência para os treinos. "Nunca senti algo assim, meus braços e pernas estavam exaustos. Depois de um round eu já estava morto. Mas eu não podia desistir, eu queria tanto esse cinturão, que não desisti. Tomei antibióticos, um deles tomo até agora, e consegui ser campeão".
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