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Peneira de Dana White tem clima de duelos de times e MMA das antigas

Jorge Corrêa

23/08/2017 04h01

Benito Lopez acerta uma joelhada voador em Steven Peterson

Sempre precisando se reinventar, principalmente na hora de achar novos talentos, o UFC deixou de ser UFC por oito semanas, que serão completadas na próxima terça-feira. Vendido como evento independente, com a chancela apenas do presidente, como se fosse um show pessoal dele, o Dana White's Tuesday Night Contender Series é uma espécie de peneira comandada pelo chefão do maior evento de MMA do mundo.

Apesar de acontecer no ginásio do The Ultimate Fighter, esqueça o reality show já consolidado do UFC. Esse novo programa é um caminho mais curto para jovens atletas que querem disputar a Copa do Mundo do MMA, como diz Wallid Ismail. A fórmula é simples: cinco lutas por noite e o dois vencedores que mais impressionarem Dana White e os dois matchmakers do UFC (Sean Shelby e Mick Maynard) ganham um contrato com o Ultimate.

Em Las Vegas para a cobertura da luta de boxe entre Floyd Mayweather e Conor McGregor no próximo sábado, tive a oportunidade de acompanhar o programa na última terça-feira, o sétimo episódio da primeira temporada. E vou contar um pouco sobre essa experiência interessante.

O ginásio do TUF cabe poucas pessoas, no máximo 100. O pequeno local é dividido por familiares dos lutadores, convidados do UFC, jornalistas e alguns atletas do Ultimate. Próximo de mim estavam, por exemplo, Donald Cerrone, John Dodson e Francis Nganou.

O clima do ambiente é dos antigos desafios entre academias, entre times rivais, ainda na época do vale-tudo. Você consegue ouvir cada grito, cada golpe, cada suspiro. É como um MMA das antigas, onde o que vale é apenas a luta. Esqueça o show, o glamour, as cifras milionárias. Os caras entram dentro do octógono atrás do prato de comida. O resultado disso são grandes lutas.

Os gritos dos amigos de familiares se confundem com os dos times dos dois lados. E do lado de fora, tudo é mais leve. Os juízes conversam com os Cutmen, que conversam com o estafe do programa, que conversam com os lutadores, que choram muito. Com a vitória ou com a derrota.

Os sons são muito presentes. O golpe perfeito, o suplex bem aplicado, a buzina que anuncia o fim dos rounds. Para quem está acostumado com o circo completo do UFC, o programa é quase um sopro de renovação.

Apenas neste episódio tivemos: uma finalização no primeiro round, um nocaute no primeiro round, um nocaute técnico no segundo round e uma luta que vai acabou em decisão dividida e com o ginásio todo aplaudindo em pé por conta da entrega dos atletas. A noite terminou melhor ainda para Joby Sanchez e Benito Lopez, que conseguiram seus contratos com o UFC.

Confira os resultados do sétimo episódio do Contender Series:
Kennedy Nzechukwu venceu Anton Berzin por decisão dividida
Benito Lopez venceu Steven Peterson por decisão dividida
Joby Sanchez venceu JP Buys por nocaute técnico no segundo round
Mike Santiago venceu Michael Cherico por nocaute no primeiro round
Jordan Espinosa venceu Nick Urso por finalização no primeiro round

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