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Na Grade do MMA

A volta triunfal de Anthony Johnson

Jorge Corrêa

24/04/2014 06h01

Com 1,88m de altura e uma massa muscular impressionante, é inimaginável que Anthony Johnson já tenha lutado como peso médio (84kg) e até como meio-médio (77kg) em sua primeira passagem pelo UFC. E isso foi um dos principais motivos para ele ter sido demitido quase dois anos e meio atrás. Mas ele não poderia voltar em melhor momento ao maior evento de MMA do mundo.

Depois seis vitórias, sendo quatro por nocautes, nesse tempo que ficou longe do octógono, ele foi recontratado e direto para fazer o co-main event do UFC 172, neste sábado, em Baltimore, contra Phil Davis, quarto colocado do ranking dos meio-pesados. Palco maior que esse, impossível. Ainda mais dadas as condições pelas quais Johnson deixou o UFC em janeiro de 2012.

Depois de não conseguir bater o peso pela terceira vez, ele foi praticamente escorraçado, chamado de antiprofissional. "Três strikes e você está fora", resumiu o presidente na época da derrota de Anthony para Vitor Belfort. Mas agora, sabendo que é um meio-pesado (93kg) de verdade, encontrou o caminho das vitória e da volta ao UFC.

Conversei um pouco com o americano sobre tudo isso.

Você tem algum arrependimento de sua primeira passagem pelo UFC? Muitos. Eu não era um lutador de verdade, não levava esse trabalho a sério, como deveria.

E o que você aprendeu desse tempo fora do UFC? Aprendi a ser um lutador de verdade, o menino se tornou um homem. Eu virei um profissional, percebi o quanto eu amo esse esporte, descobri meu peso certo, parei de sofrer com o que não precisava. Sou outra pessoa agora.

Dana White fez críticas muito duras sobre você na época de sua demissão. Está tudo certo entre vocês agora? Para ser sincero, ainda nem conversei com ele.

Então você falou apenas com o Joe Silva [responsável por casar as lutas]? Isso, falei direto com ele. Conversamos um pouco e ele me disse "estou feliz por ter você de volta". Para dizer a verdade, encontrei o Dana White em um café da manhã, ele aperto minha mão e me desejou boa sorte.

Você acredita que pode ser um perigo para o Jon Jones? Com certeza. Sou mais rápido e mais forte que ele. Tenho certeza que poderia bater de frente com ele ou com o Glover.

Mas o UFC fez alguma promessa sobre uma possível disputa de cinturão? Não, de forma alguma. Tenho minha luta agora e só penso nela. Sei que tenho condições de um dia disputar o cinturão, mas preciso fazer algumas lutas antes. Estou bem tranquilo em relação a isso.

E qual é sua aposta para essa disputa de cinturão agora? Difícil escolher um favorito. Juro que não consigo apontar um vencedor. Jon Jones tem os truques dele, que são muito difíceis de se prever. O Glover tem uma mão muito pesada, precisa de só um golpe. Então fica difícil falar.

Sobre o blog

Saiba o que acontece dentro e fora do octógono, relembre as grandes histórias e lutas que fizeram o vale-tudo se tornar o MMA. Aqui também será o espaço para entrevistas, análises, debates, polêmicas e tudo que faz do MMA o esporte que mais cresce no mundo.
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