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UFC tem superluta nas Filipinas. Mas ainda não é o que os fãs querem

Maurício Dehò

14/05/2015 06h00


Neste sábado, as Filipinas recebem uma superluta pelo UFC. Pois é, o evento matutino deste fim de semana, que começa às 8h da manhã no horário brasileiro, terá na luta principal duas estrelas de categorias diferentes, sendo um ex-campeão do WEC e um ex-campeão do Ultimate. O casamento da luta é uma vitória da organização, que sempre promete atrações deste porte, mas quase nunca consegue cumprir.

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Urijah Faber e Frankie Edgar serão os protagonistas, em um combate na categoria pena. O detalhe é que Edgar é ex-campeão peso leve e vem lutando nesta divisão (até 66 kg), enquanto Faber foi campeão dos penas no WEC e vem disputando o peso galo no Ultimate – e, portanto, vai subir de peso para este novo compromisso.

Além disso, ambos vêm em grande fase. Edgar tem três vitórias seguidas, sobre Charles do Bronx, BJ Penn e Cub Swanson. Faber finalizou Alex Caceres e Francisco Rivera desde o revés na revanche para Renan Barão.

Por tudo isso, pela enorme qualidade técnica e pelo histórico de combates emocionantes de ambos, o evento principal das Filipinas é sim uma superluta, que pode aproximar os competidores de brigas por cinturão. Por sinal, é bom até lembrar que Edgar fez o que talvez foi a última superluta do UFC, contra José Aldo, quando definiu sua descida dos leves para os penas.

Mas, apesar do ponto positivo para o UFC neste card filipino, esta superluta precisa ser apenas um primeiro passo de algo mais grandioso, de um ideal de se buscar mais iniciativas como essa. Como aconteceu, inclusive, com Anderson Silva x Nick Diaz – mas frustrado totalmente pela luta morna e o doping de ambos os lutadores.

Por anos a organização atiçou seus seguidores: 'GSP vai se testar contra Anderson Silva', 'Anderson Silva e Jon Jones podem fazer um choque de gerações', 'depois de limpar o meio-pesado, Jones vai subir para o pesado', 'José Aldo disputará cinturão nos leves'… Todas essas ideias pipocaram sem parar.

Anderson x Jones: só na imaginação

Uma lição tirada do combate entre Mayweather e Pacquiao é a certeza de que, quando há a possibilidade de algo deste porte rolar, tem de se mover mundos e fundos para fazer rolar. Os frutos colhidos são muitos, o novo público atraído por superlutas é grande e, claro, os ganhos financeiros são valiosos.

Hoje o UFC está sem GSP, Anderson e Jones. As chances de aquelas superlutas tão aguardadas acontecerem são quase nulas. Mas, outras ainda podem rolar: seja com os mais leves, Demetrious Johnson, TJ Dillashaw e José Aldo, seja com a turma mais pesada, ou até com veteranos que não brigam mais por cinturão. Pensar fora da caixinha e casar lutas inesperadas pode ser uma carta na manga preciosa e necessária para esta nova jornada do UFC sem seu trio galáctico.

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