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Em novo vídeo, Wand detona UFC e cita até passagens aéreas e alimentação

UOL Esporte

07/11/2014 07h54

Por Maurício Dehò

Wanderlei Silva segue a toda com sua nova missão: acabar com o monopólio do UFC e lutar por mais direitos aos lutadores de MMA. O curitibano lançou o "segundo round" de sua briga contra o Ultimate, e fez novas acusações contra a organização, citando não só os salários, considerados baixos por ele, mas as condições com que são tratados os competidores. Tudo sem citar o nome do UFC ou de dirigentes como Dana White.

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O Cachorro Louco, que se aposentou após um escândalo de doping no meio do ano, chega a reclamar de como são feitas as viagens e dos valores repassados para alimentação. Segundo ele, todos os lutadores viajam de classe econômica – a menos que paguem para pegar um lugar melhor – e ganham junto ao seu técnico US$ 150 para gastar com a alimentação em cinco dias.

Se no primeiro vídeo o exemplo usado foi Renan Barão, pelo jeito como foi tratado ao ser tirado da revanche contra TJ Dillashaw, quando passou mal no corte de peso, desta vez ele cita José Aldo, que vem reclamando dos salários dos lutadores.

"Tem que investir, tem que meter a mão no bolso. Eu quero que vocês ganhem mais. Se vocês são donos do evento, tem de fazer o atleta lutar satisfeito, entrar ali sabendo que está bem reconhecido", afirma ele.

"É uma vergonha você ir para outro continente de classe econômica – porque não tem nenhum lutador que viaje de business, a menos que pague do bolso – enquanto os dirigentes, os engravatados viajam de business. E (viajam) somente com um técnico, o que é uma vergonha", citou Wanderlei, acrescentando. "Quando o cara chega para lutar, para ficar 4 ou 5 dias para lutar, eles dão US$ 150 para o cara e o técnico. US$ 150 por cinco dias…"

Wanderlei não cita medidas mais específicas e não explica como pretende mudar a realidade atual, apenas promete uma revolução no tratamento aos lutadores. "Eu não estou contra ninguém, eu estou a favor da nossa classe."

Em visita ao UOL na última semana, Renan Barão e Lyoto Machida admitiram que é possível surgir uma "união" de atletas e concordaram em partes com as críticas de Wand. Mas, ainda não há nada concreto para o surgimento de sindicato reunindo os lutadores.

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