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Barão revive drama de Cigano. E a fila dos pesos galo no UFC andou

Jorge Corrêa

26/07/2015 06h01


A luta principal do UFC do último sábado foi cheia de reprises para o Brasil. A primeira é a mais clara. Mais uma vez Renan Barão foi dominado por TJ Dillashaw, acabou nocauteado e sem o cinturão dos galos. Além disso, vimos o potiguar reviver um drama que Junior Cigano sofreu ao encarar Cain Velásquez anos atrás.

Assim como aconteceu com o peso pesado, Barão encontrou um adversário que entendeu e dominou completamente seu jogo. Se TJ era um célebre desconhecido quando venceu o brasileiro pela primeira vez, agora ele mostrou que é um campeão do UFC com porte e grife. Tem potencial para ficar com o cinturão por muito tempo.

Com um jogo de pernas exemplar e uma velocidade difícil de ver até nas categorias mais leves de peso, Dillashaw virou o antidoto perfeito para um Renan que, até então, parecia invencível.  Foi dessa maneira que Cigano também perdeu duas vezes para Velásquez – e acredito que também aconteceria com Weidman se Anderson não tivesse quebrado a perna.

Isso deixa Barão em uma situação muito delicada dentro da categoria, afinal, perdeu duas vezes de forma muito contundente para o campeão. Enquanto Dillashaw esticar com o cinturão, Renan não terá outra chance de disputá-lo.

Mas isso deve dar tempo para o brasileiro repensar sua carreira e tomar algumas decisões importantes. A primeira é se ele quer mesmo continuar entre os pesos galo. Ele teve sérios problemas com gás e sabemos seu sofrimento para bater o peso da categoria. Além disso, ele precisa se reinventar com lutador, repensar seu jogo depois dessas duas derrotas.

Agora, a fila dos pesos galo andou – Renan Barão virou passado para TJ Dillashaw e não há mais dúvidas sobre sua capacidade como campeão. Mas ele deve ter outro brasileiro em seu caminho: Raphael Assunção. Ele é o terceiro do ranking da categoria e já tinha prometida uma disputa de cinturão. Mais que isso, o pernambucano tem uma vitória polêmica sobre o americano, em 2013, o que deve apimentar ainda mais esse combate.

Mas o grande sonho do campeão, e do próprio UFC, é uma luta com Dominick Cruz, que era o dominante dono deste cinturão até encarar uma surreal sequência de lesões que o deixaram fora do octógono por quase três anos já. O problema é que ninguém sabe quando ele estará apto a lutar novamente.

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