Barão teve surra menor na 2ª luta, mas caiu com combo de 22 socos
Não deu para Renan Barão. Se alguém ainda imaginava que TJ Dillashaw teve uma noite dos sonhos no UFC 173, quando tomou o cinturão dos galos do brasileiro, agora se certificou de que não foi só uma noite e sim que ele vive uma fase dos sonhos. O norte-americano foi superior em todos os momentos e aplicou nova surra. E os números são interessantes. O campeão bateu menos, foi mais preciso do que na primeira luta e ainda fechou a conta com um combo de 22 socos – pareceu game de lutas…
Vamos às estatísticas – via Fightmetric. Se em 2013 Dillashaw aplicou 309 golpes, com 140 golpes significativos acertados, desta vez foram 212, com 115 pancadas certeiras. A maior diferença está no aproveitamento. O norte-americano foi mais preciso, com 54% de efetividade, contra 45% da primeira luta.
Barão, por outro lado, não conseguiu mostrar a evolução prometida. Conseguiu aplicar apenas 62 golpes de um total de 181, dois a menos que há dois anos. Lá, teve 64 golpes acertados e 273 lançados na primeira luta. A única melhora foi no aproveitamento, 34% contra 23%.
Dillashaw teve ótimo aproveitamento batendo na cabeça, com 71% dos golpes neste setor. Foram 16% no corpo e 12% nas pernas. Não houve quedas aplicadas na luta.
O mais impressionante do combate não foram todos esses números, mas a forma com que Dillashaw deu seu "fatality". Logo no começo do quarto round, ele aplicou uma saraivada de golpes. Um cruzado de esquerda no queixo de Barão balançou o brasileiro, e o campeão capitalizou, disparando socos de todos os jeitos, até o árbitro Herb Dean separá-los e decretar o nocaute técnico.
Só nestes 35 segundos de round, Dillashaw 35 golpes, acertando 22 no combo devastador.
Vale salientar que, na comparação das lutas, é preciso colocar as estatísticas em perspectiva, já que Dillashaw chegou ao quinto round com o brasileiro no primeiro encontro entre eles, enquanto desta vez a luta parou no quarto assalto. Ainda assim, o fato de Barão ter se perdido no round inicial da primeira luta e passar o resto do combate "no automático", sem chances de resposta, deixa claro que a coisa foi mais brutal em 2013. Desta vez, o brasileiro se manteve ativo, só não teve chances mesmo…
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