Holm já chocou o mundo antes. E chute contra Ronda nem foi o mais bonito
Holly Holm já vinha avisando e deixando claro o quanto gosta de jogar como a zebra. Diante de Ronda Rousey, poucos apostavam em sua vitória, diante de uma campeã tão dominante. Mas, acostumada a chocar o mundo, ela o fez mais uma vez, repetindo uma marca de sua carreira no boxe.
Há dez anos, a jovem Holm tinha apenas 13 lutas como profissional e encarou a sensação do momento Christy Martin. Um fenômeno de popularidade, Martin também era favoritíssima, mas sentiu na pele o poder da então pugilista.
"Eu tinha 13 lutas e Christy tinha mais de 50 lutas. Ela tinha lutado no card do Mike Tyson, esteve na capa da revista Sports Illustrated e foi condecorada – ela era uma espécie de pioneira do boxe feminino". No ringue, Holm passou o carro e embalou em uma carreira longa no pugilismo, sendo duas vezes eleita melhor lutadora do ano.
Após bater Martin, ela só teve uma derrota no cartel, antes de desistir do boxe e partir para o mais rico MMA.
Essa ida para as artes marciais mistas também reserva um pedaço fundamental da história de Holm, que está no fato de ela não ser apenas uma pugilista, mas ter se criado no kickboxing. Então, ao mudar de modalidade, ela voltou a aperfeiçoar uma arma que já tinha guardada: o chute.
E essa era uma preocupação que se tinha com o jogo de Holm em relação a Ronda, já que a (agora) ex-campeã admite que não gosta de chutar e sequer treina o golpe.
Holm já tinha mostrado o poder que tem com as pernas em diversas oportunidades antes de entrar no UFC. A primeira vitória da lutadora no MMA, por exemplo, foi um nocaute técnico gerado por seus chutes, em março de 2011. Na segunda, uma pernada no corpo de Jan Finney arrasou a rival.
A vitória mais bonita veio contra Allanna Jones. Um chute alto perfeito, limpo, acertou em cheio a rival – que só teve uma queda menos humilhante que a de Ronda. Por fim, Nikki Knudsen sucumbiu com um chute no corpo e joelhadas e a brasileira Julie Werner foi derrotada também por nocaute, com um soco alto e chutes.
Depois disso, a norte-americana chegou de forma meio discreta ao UFC, com duas vitórias apenas por pontos, mas a chance de logo em sua terceira luta encarar Ronda Rousey. A estratégia, a confiança e o plano de luta falaram mais alto e coroaram uma nova campeã.
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