Há vida para as 'gigantes' no MMA? Ela vem do telecatch para provar que sim
Ontem falamos da brasileira Gabi Garcia, a gigante do jiu-jítsu – literalmente, com seus 1,87 m – que estreia no MMA pelo Rizin FF. Sua rival também fará a primeira luta do MMA, e com um passado ainda mais curioso. A (grande) oponente atende por Lei'd Tapa, apelido com que fez fama no telecatch, em uma trajetória no esporte marcada por pular de galho em galho conforme a vida a levou. O que ela quer não é pouco: virar a melhor peso pesado do mundo e mostrar que há talento entre as mulheres maiores, e não só nas pequeninas como Ronda Rousey.
A família de Seini Draughn é de Tonga, ilha localizada na Oceania, mas ela nasceu na Alemanha. Em sua própria família ela já tinha raízes no mundo da luta, já que seu tio atuava como Sione Vailahi, o Bárbaro, no telecatch.
Antes de ir para o mundo das lutas encenadas, ela foi encorajada a praticar diversos esportes: basquete, vôlei, lançamento de disco e outras provas de atletismo. Com talento para as disputas, foi campeã estadual (e MVP) de vôlei no Ensino Médio e seguiu na modalidade na faculdade, mas pouco depois foi para algo bem condizente com seu corpo forte – 1,80 m e 100 kg -, passando a praticar futebol americano, em uma liga independente feminina.
Futebol americano para mulheres não é das coisas mais lucrativas, então ela acabou migrando para o pro wrestling. Pode parecer estranho Lei'd Tapa encarar uma brasileira nove vezes campeã de jiu-jítsu, mas ela tem algum histórico que, teoricamente, a faz não ser vista como galinha morta frente a Gabi. É faixa azul na arte suave, ganhou algumas medalhas e, claro, tem todo o histórico de treinos do telecatch – que é tão intenso quanto qualquer outra luta.
Como era de se esperar, é no telecatch que as coisas ficam interessantes. Ela foi do Total Nonstop Action (TNA) e do Ohio Valley Wrestling e atingiu certa fama. Apareceu como árbitra, batendo em duas rivais ao mesmo tempo, levantando oponentes e sempre chamando a atenção pelo tamanho – e, claro, pelas roupas justas e forma física impecável.
No MMA, a atleta de 33 anos tenta provar que é possível vir do telecatch e não quebrar a cara. Então, cercou-se de gente de renome, treinando na American Top Team, time do campeão dos meio-médios do UFC, Robbie Lawler.
"Farei tudo o que posso para ser a melhor peso pesado do MMA no mundo. Quebrar paradigmas e mudar o jogo, é para isso que estou aqui", disse ela. Achar lutadoras do tamanho de Gabi e Lei'D ainda é uma dificuldade, mas, basta uma fagulha acender para talentos começarem a pipocar, como aconteceu com o MMA feminino no UFC.
"Treino duas a três vezes ao dia, de luta agarrada, ao chão, em pé. Eu sempre trabalhei forte, sei como é quando você acaba suas energias e continua trabalhando. Sou uma dessas pessoas, não sou louca, gosto de me desafiar e busco meus sonhos. Eu respeito Gabi, suas conquistas, mas, quando você luta, tudo pode acontecer", acrescentou Tapa.
O desafio para Lei'D Tapa é grande. Gabi, além de ser uma fera no chão, afiou sua trocação com Rafael Cordeiro, responsável pelas transições dos campeões do UFC Rafael dos Anjos e Fabrício Werdum. A brasileira é 7 centímetros mais alta que a oponente e agora resta torcer para, tecnicamente e na empolgação, a luta entregar o que promete.
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