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Na Grade do MMA

Mulher de Belfort explica por que ele deixou equipe e fundou sua própria

Maurício Dehò

05/11/2015 06h01

Vitor Belfort rearranjou sua vida depois da derrota para Chris Weidman, no meio do ano, e a medida mais importante foi deixar de treinar com a Blackzilians, onde se preparava ao lado de nomes fortes como Rashad Evans e Anthony Johnson. Agora, o carioca tem seu próprio time. Por conta própria e sob o gerenciamento de um grupo de empresários que conta com sua mulher, Joana Prado, ele contratou técnicos e lutadores só para trabalharem com ele, para sua terceira luta contra Dan Henderson, neste sábado, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.

Em entrevista para o amigo Marcelo Alonso, ao Sherdog/PVT, Joana explicou: "Nós não temos nenhum problema com a Blackzilians. Gostamos de todos lá e temos uma ótima relação com o dono, o Glenn Robinson. Vitor teve um ótimo tempo por lá e é grato por tudo o que eles fizeram por ele, mas ele faz isso há mais de 20 anos e, mesmo quando estava nesta equipe, contratava gente por conta. Agora, na nossa academia, todos os olhos estão voltados para ele."

Ao Na Grade, Vitor já havia se mostrado contente com a preparação para pegar Henderson. Ele esteve com gente como o técnico de boxe Pedro Diaz, o carateca Vinicio Antony, Jayme Sandal (quem lhe ensinou o chute rodado com que nocauteou Rockhold), Jordan Johnson, Cassiano Tytschyo… "Tenho treinado intensamente todos os dias e estou muito feliz e motivado".

A exclusividade no trato com Belfort foi o diferencial para ele decidir ter seu próprio time. "No camp para enfrentar Weidman, ele já ficava entre a OTB (academia de Vitor) e Blackzilians. A diferença agora é que os técnicos podem trabalhar só com o Vitor."

A OTB, de acordo com seu site, é uma empresa criada com "investimento inicial estimado de R$ 12 milhões. A empresa promoverá grandes eventos e novos modelos de negócios voltados para o mercado de MMA e artes marciais". Vai além dos treinos de Vitor, portanto. Além de Joana, Marcelo Goldfarb, Bruno Paiva e Bruno Setúbal foram os empresários fundadores.

Ao Sherdog, Joana também disse o que vê do futuro do marido nas lutas. "Ele é quem tem de tomar essa decisão. Como sua mulher e empresária, tenho de me preocupar com a saúde e a paixão do Vitor. Ele ele só pode continuar fazendo o que vem fazendo enquanto tiver coragem, vontade e desejo no coração. Ele não precisa lutar por dinheiro, luta porque tem paixão, e ele vai saber quando o fogo não estiver mais queimando. Como uma esposa prudente, ele sabe que vou apoiá-lo. Ele sabe quantas vezes me sacrifiquei e nossa família para dar a ele tudo de melhor para sua carreira. Também sabe que irei com ele onde quer que ele vá e estarei sempre com ele dentro e fora do octógono."

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