Ronda Rousey, um mal necessário para o UFC?
Dana White não esconde o apreço que tem pela campeã feminina peso galo Ronda Rousey por conta de seu potencial junto do público. Não há como negar que ela é talentosa e bela, mas sua imagem mudou bastante nos últimos meses. Vou explicar, em cinco tópicos, porque a dona do título – que enfrenta Sara McMann no UFC 170 neste sábado – se tornou um mal necessário para o Ultimate, uma estrela humana com qualidades e defeitos.
Nova fase "bitch" – Sinceramente, não tem uma palavra para traduzir perfeitamente o sentido de "bitch". Vadia ou piranha seria muito forte. Mas é o seguinte: desde a última edição do TUF, ela mostrou que pode ser bem desequilibrada, como nas brigas com Miesha Tate no reality show. Provocações e palavrões estavam no cardápio. Muitos dos seus fãs mudaram de lado durante o programa.
Amor x Ódio – Essa situação do TUF, somada ao fato de Ronda não ter cumprimentado Miesha após sua vitória no UFC 168, fez com que a campeã separasse ainda mais seus fãs fervorosos de seus detratores. Quem gosta, gosta MUITO dela, e quem a odeia, odeia MUITO. É algo comum entre grandes estrelas do Ultimate. Quanto maior a fama, maiores são as paixões, negativas e positivas.
Ausência de estrelas – Com a parada de Georges St-Pierre e a grave lesão de Anderson Silva, o UFC perdeu de uma vez seus dois principais nomes e agora busca novos astros para ocupar essas lacunas. O primeiro a vir a mente é Jon Jones, mas Ronda tem todo o potencial para carregar o nome da franquia ao redor do mundo e angariar novos fãs. Pelo menos isso é uma das apostas de Dana White e seus pares.
Talento de sobra – Na última luta contra Miesha, Ronda mostrou que não é uma lutadora de um golpe só – apesar de ter vencido com uma chave de braço. Teve resistência, gás, apresentou uma trocação melhor e reagiu bem aos golpes sofridos. A tradicional finalização matadora foi apenas a cereja do bolo. Com isso, ela tem poucas adversárias à altura dentro de sua categoria no Ultimate.
Musa – A própria Ronda Rousey não esconde que ser um rostinho bonito ajuda muito. Claro que não dentro do octógono, mas ela já estampou dezenas de capas de revistas – inclusive uma em que estava nua – o que a fez ficar ainda mais famosa, além de ter lhe garantido a entrada em uma nova carreira, a de atriz de cinema. O UFC também sabe que isso ajuda a vender alguns pacotes de pay-per-view.
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