Sonnen aposta em lado falastrão bom-moço e dá baile em Jones como técnico do TUF

Post com o parceiro Maurício Dehò

Provocador, falastrão, às vezes até ofensivo. Essa foi a imagem que Chael Sonnen passou antes de suas lutas contra Anderson Silva e era o que a maior parte do público esperava que aconteceria com Jon Jones durante o The Ultimate Fighter. Mas o que vimos durante o programa, que tem sua final deste sábado, foi um outro Chael Sonnen.

Não tivemos durante o reality show muita provocação, Sonnen pouco se dirigiu ao campeão dos meio-pesados. Claro que ele falou muito – falastrão ele continua sendo – mas o perfil de seus discursos foi bem diferente. Chael quis mostrar seu lado bom moço, que na verdade acredito ser seu verdadeiro lado. Não creio muito no Sonnen vilão.

Pois bem. Não dá para saber exatamente como foram os treinos das duas equipes, o programa é muito bem editado, não passa tanto os atletas no ginásio, trabalhando. O que dava para perceber: Jones colocava mais a "mão na massa", ia para o tatame, e Sonnen apostava em algo mais cerebral, ele falava mais, indicava mais o que fazer.

Chael abusou do lado orador, seus discursos marcaram essa temporada do TUF. Fãs diziam que mal podiam esperar pela hora em que o técnico falaria. Era um momento aguardado. Ele era motivador sem soar piegas.

Além disso, levou grandes convidados para o treinos, como Mickey Rourke, que falou sobre o que teve de superar na carreira como ator e boxeador e sua preparação para o filme O Lutador, e a campeã do UFC Ronda Rousey, que deu uma empolgante aula de judô para MMA para os comandados do time Sonnen.

Resultado de tudo isso? Chael deu um baile em Jon como treinador. Era nítido que seus atletas estavam mais motivados, por mais que lutadores das duas equipes tenham chegado em mesmo número nas quartas e nas semifinais. A diferença veio na decisão, com Sonnen colocando dois de seus comandados na disputa pelo título, Kevin Gastelum e Uriah Hall.