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Na Grade do MMA

Léo Santos mostra que TUF também é lugar para paciência e experiência

Jorge Corrêa

09/06/2013 13h59


Post com o parceiro Maurício Dehò

Aos 33 anos, Leonardo Silva dos Santos não tem exatamente o perfil de um "Ultimate Fighter" clássico. Com uma longa e brilhante carreira no jiu-jítsu – com quatro títulos mundiais e até uma finalização sobre Georges St-Pierre – ele precisou ralar muito para brilhar no MMA. Quase desistiu da modalidade. Foi apenas no último sábado que Léo Santos conseguiu estar no centro dos holofotes.

Natural da cidade fluminense de Campos, o experiente lutador mostrou, com a finalização sobre William Patolino, 21 anos, que o reality show The Ultimate FIghter não é apenas um lugar para jovens revelações, mas também para lutadores experientes que tem perseverança e paciência o suficiente para chegar ao maior evento de MMA do mundo.


Léo entrou no programa com cartel de 11 vitórias e apenas três derrotas, mas com uma grave lesão em 2010 que quase fez ele desistir do MMA. Entre agosto de 2010 e março de 2012, foram apenas três lutas. Ele se apegou ao seu time para continuar. E não é qualquer time. Santos faz parte da Nova União, uma verdadeira fábrica de jovens campeões.

Lá dentro, ele ajudou – e muito – a criar e lapidar nomes como os donos de cinturão do UFC José Aldo e Renan Barão, além de Dudu Dantas, do Bellator. Com Aldo, ele criou uma relação que ultrapassou e muito a amizade. Foi ele que recebeu Zé no Rio de Janeiro quando ele veio sem nada de Manaus. Hoje eles são verdadeiros irmãos.


"Eu vi o Aldo e o Barão serem campeões, a Nova União é uma fábrica de campeões. Hoje estou no topo, mas amanhã posso não ser nada. Por isso tenho nos amigos a coisa mais importante nesse trabalho, é o que o Aldo é para mim. "

A emoção dos dois após Patolino dar os três tapinhas com o katagatame justo de Léo é uma história a parte. Era como se tudo que eles passaram na última década estivesse sendo recompensando naquele momento. Santos pulou o octógono para abraçar o amigo, que durante todo o tempo chorou copiosamente. Foi comovente para todos que assistiram.

O TUF Brasil 2 pode não ter sido a edição do programa com mais lutadores com futuro, pode não ter esbanjado técnica ou ter revelado tantos nomes para o futuro do UFC, mas a história e a emoção de Léo Santos deixaram claro que o programa ainda tem muito gás e pode trazer histórias que ano após ano ainda vão oxigenar o MMA por muito tempo.
 

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