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Na Grade do MMA

Aldo brilha com efetividade das quedas e "instinto assassino"

Jorge Corrêa

09/08/2013 15h58


Chegou o momento de encerrarmos o assunto UFC Rio 4 e a boa luta de José Aldo sobre o Zumbi Coreano. Vou destacar duas armas que o brasileiro usou de maneira muito efetiva para sair com a vitória na HSBC Arena no último sábado, quais foram suas táticas para superar um pé quebrado no início do combate.

1) Quedas: Faixa-preta de jiu-jítsu e com um wrestling afiado, sempre treina com norte-americano, Aldo não tem sua luta marcada pelas quedas. Ele é um trocador por definição. Foi assim que ganhou fama no MMA. Mas sempre que se faz necessário, consegue impor seu jogo de quedas e foi o que fez com o Zumbi Coreano.

Precisando travar o combate por mais tempo por conta da lesão, ele tentou derrubar o coreano seis vezes e conseguiu em cinco oportunidades. Para se ter uma ideia da mudança de estilo, em seus últimos três combates, contra Frankie Edgar, Chad Mendes e Kenny Florian, ele não tentou nenhuma vez derrubar o adversário.

Para mostrar o quanto Aldo consegue impor seu jogo de quedas quando precisa – como foi o caso do UFC Rio 4: Em sua luta contra Mark Homminick em 2011, ele sentiu o gás por estar há muito tempo sem lutar por conta de uma lesão. Nos dois últimos rounds, o canadense reagiu, mas Aldo se impôs com cinco quedas em nove tentativas.

2) Instinto assassino: Como disse acima, Aldo sempre brilhou por sua trocação, apesar da origem no jiu-jítsu. Ele é muito rápido, tem uma técnica muito desenvolvida e caça seus adversários dentro do octógono. Ele precisa de apenas uma oportunidade, uma brecha, para nocautear, como bem sabe Chad Mendes.

No UFC Rio 4, ele precisou de um ou dois segundos para perceber que o Zumbi Coreano tinha deslocado o ombro e não estava conseguindo fazer guarda. Então, mesmo com um pé quebrado, acertou três fortes chutes no local lesionado para nocautear em seguida.

Muita gente o criticou por ter se aproveitado de uma nítida contusão do adversário para sair vitorioso, mas com a adrenalina da luta no alto e ele precisando da vitória para manter o cinturão em casa, fez o que era necessário. É o trabalho dele. O adversário dificilmente pensaria de diferente, faz parte do jogo. Seu "instinto assassino" fez a diferença.

Foi a mesma reação que ele teve na luta contra Urijah Faber, ainda no WEC, em 2010. Aldo não tomou conhecimento do norte-americano e bateu por cinco rounds, quase sempre no mesmo lugar, em chutes baixos. O rival mal andava depois da luta. Foram nada menos que 139 golpes totais, 75 efetivos e 27 nas pernas de Faber.

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