Rafael dos Anjos refuta "vingança" de juízes e ataca desafeto

O UFC apresenta hoje sua maior novidade de 2013 com seu primeiro evento em uma quarta-feira – alguns poucos já tinha acontecido de sexta. Carlos Condit e Martin Kampmann fazem essa aguardada revanche na luta principal, mas o Brasil terá apenas um representante, o carioca Rafael dos Anjos.

Principal nome do país entre os pesos leves – é o 10o colocado na categoria no ranking do UFC – ele volta ao octógono contra Donald Cerone apenas três meses depois de ter vencido o Evan Dunham no UFC de Jaraguá do Sul. "Foi um pouco curto o tempo, mas não atrapalhou em nada, só teve mais mesmo o cansaço mental. Da última vez fiquei 6 meses sem lutar, achei melhor assim."

Vindo de quatro vitórias consecutivas, Rafael ouviu algumas críticas por conta do resultado de seu combate em Santa Catarina. Muitos consideraram o resultado polêmico, achando que o norte-americano venceu por pontos. Mas o brasileiro, que está perto de uma disputa de cinturão, refutou uma possível vingança dos juízes de cadeira agora que ele lutará na casa do adversário.

"Não sei porque o pessoal ficou falando que não venci essa luta, tenho certeza da minha vitória e ainda bem que os três juízes viram o mesmo. Tinha juiz americano lá. Mas não temo nenhuma vingança. Não quero deixar a luta terminar por pontos, mas se for assim, tenho certeza que vou vencer do mesmo jeito."

Mas quem mais criticou o resultado foi o também peso leve Jamie Varner, que no sábado enfrenta o brasileiro Gleison Tibau. Desde então, ele se tornou um verdadeiro desafeto de Rafael. "Esse cara é um fanfarrão, quer ganhar luta assim, ficar famoso no Twitter. Ele veio falar que queria me enfrentar, dei uma aloprada, falei que ele tinha de se preocupar com o Tibau e ele nem respondeu. Esse cara tem de pensar mais na vida dele. Esse não é o caminho."

Lutar no Brasil x Lutar nos EUA

Depois de uma longa série de combates nos Estados Unidos, Rafael dos Anjos estreou no UFC em casa em Jaraguá do Sul. Apesar do clima da torcida, ele admite: é melhor lutar nos EUA nesse momento. "Lá é legal, com a torcida empurrando, mas moro nos EUA, então aqui a viagem é bem menor."

"Com uma viagem mais curta, venho para a luta menos tempo antes, não saio muito da rotina. Ir para o Brasil muda tudo. Além dos impostos. O desconto no Brasil é duro. Aqui também pago caro, mas o retorno é bom no fim do ano. Mas lá, convertendo a moeda, pagando tudo, acaba sobrando 30% ou 40%."

O UFC: Condit x Kampmann começa às 18h00 e apenas o canal em pay-per-view Combate fará a transmissão. O Placar UOL Esporte acompanha todas as lutas desde o card preliminar.