Top 5: Por que Lyoto nunca concretizou a "Era Machida" no UFC
"Senhoras e senhores, bem-vindos à era Machida!", bradou o comentarista Joe Rogan quando Lyoto Machida nocauteou Rashad Evans e conquistou o cinturão dos meio-pesados do UFC, em 2009. Mas, não foi o que aconteceu. O que era para ser uma dinastia acabou na segunda defesa de cinturão, quando o brasileiro foi nocauteado por Maurício Shogun e deu início a uma carreira tão irregular quanto uma montanha-russa. Mas como isso aconteceu?
Neste sábado, Lyoto enfrenta mais um recomeço no UFC. Derrotado por Luke Rockhold no começo do ano, pega o perigoso Yoel Romero, com muito em jogo. Até por já ter disputado o cinturão dos médios – sua já nada nova categoria – o Dragão precisa de uma série perfeita para voltar ao topo e cumprir o sonho de ser campeão em duas categorias.
Para entender o que explica tudo o que Lyoto vem passando, mostramos os altos e baixos que o levam a essa luta contra Romero:
1. Baixa: Derrotas discutíveis e chances desperdiçadas
A grande arma de Lyoto às vezes acaba se tornando contra ele como um problema. O brasileiro gosta de apostar nos contra-ataques. Isso quer dizer que ele precisa esperar seu rival se soltar para dar respostas rápidas e, muitas vezes, fulminantes. Em algumas lutas, a demora para conseguir isso foi tanta, que ele acabou perdendo lutas muito equilibradas – e um tanto chatas – por pontos, para Quinton Rampage e Phil Davis. Ambas são muito contestadas em relação à pontuação em favor dos norte-americanos, basta lembrar que nem Rampage achava que venceria ao final do combate.
2. Alta: Vitórias com um golpe só
O "mito" Lyoto Machida voltou com força em outros momentos, quando aquele jogo de contragolpe fez seu papel. Foi com vitórias conquistadas com golpes únicos que ele se reconstruiu: venceu com um chutaço Randy Couture, para enfrentar Jon Jones pelo cinturão – e perder por finalização. Mais tarde, bateu de forma fulminante Mark Muñoz, em luta marcante para ele se aproximar da luta com Chris Weidman. E fez o mesmo com CB Dollaway, chegando em alta para encarar Luke Rockhold, e perder.
3. Baixa: Cozinhado pelo UFC
Mesmo tendo perdido para Jon Jones uma vez, Lyoto ainda teve uma grande chance de se reconstruir no meio-pesado. Ele o fez nocauteando Ryan Bader e vencendo Dan Henderson, e isso gerou um clamor de uma revanche contra o campeão, até porque o Dragão foi melhor no primeiro round do primeiro encontro entre eles. Mas, o Ultimate acabou cozinhando o brasileiro em banho-maria, parte disso por culpa dele próprio, que se recusou a enfrentar Jones de supetão no UFC 151 – aquele evento cancelado -, e viu Vitor Belfort ocupar sua vaga.
4. Alta: Boa mudança de categoria
Uma mudança de rumos foi fundamental para Lyoto ganhar sobrevida no UFC, gerando até o questionamento: por que ele não virou peso médio antes? A troca de categoria aconteceu depois de sua derrota para Phil Davis, em 2013, e levou a atuações muito boas, com o brasileiro mantendo a pegada e ganhando velocidade e movimentação, pavimentando seu caminho para a disputa de cinturão contra Chris Weidman.
5. Baixa: Oportunidades perdidas nas disputas de cinturão
Nas duas vezes em que lutou pelo cinturão depois de ter perdido o título para Shogun, Lyoto teve enormes chances de voltar ao topo. Contra Jon Jones, fez um ótimo primeiro round, acertando duramente o campeão. Mas, foi pego no segundo com uma cotovelada e finalizado em seguida. Contra Weidman, faltou apertar o norte-americano mais cedo. Lyoto foi superior no final do combate, balançando o rival, mas não houve tempo de mudar o resultado.
Como vemos, lições não faltam. Lyoto teve a faca e o queijo na mão diversas vezes em sua trajetórias no meio-pesado e no médio. Em alguns momentos, ficou a detalhes de retomar o topo, mas pecou por por hesitar demais e demorar a soltar seu jogo, a ser mais ofensivo. O ex-campeão tem de confiar mais no seu talento e, simplesmente, deixá-lo fluir…
Resta saber se Lyoto terá energia e colocará a cabeça no lugar para mais uma vez reconstruir sua história no Ultimate.
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