UFC flertou com a tragédia em nocaute que deu título a Jessica
Os detratores do MMA enchem a boca para falar sobre a contundência dos golpes que podem gerar consequências irreversíveis aos atletas. E ano após ano, o esporte vem adequando suas regras, visando à integridade dos lutadores.
Mas no último sábado, na luta principal do UFC 237, no Rio de Janeiro, o esporte flertou com uma tragédia. Jessica Bate-Estaca aplicou o golpe que lhe dá o apelido na americana Rose Namajumas e conseguiu o nocaute que lhe deu o cinturão peso palha do Ultimate.
O que é um bate-estaca? A brasileira agarrou a rival pela perna, a levantou sobre a cabeça e a arremessou com a nuca no chão, provocando uma torção assustadora em Rose, que ficou desacordada na hora, assustando a todos. Até mesmo Jessica, como podemos ver na fala abaixo:
"A gente treina para chegar ali, fazer uma boa luta e todo mundo sair bem. No momento não tinha visto o que tinha acontecido. Eu vi que ela tinha caído e desmaiado, mas não tinha entendido a proporção do que tinha feito. Porém, logo em seguida quando percebi, fiquei preocupada, mas depois ela acordou, vi que não matei ela e ela estava viva (risos). Mas no começo fiquei bem preocupada"
Com quase 10 anos acompanhando MMA, admito que esse foi um dos golpes mais assustadores e brutais que já vi. Temi pelo pior ao ver a forma como Namajunas caiu e ficou desmaiada. Em frações de segundo passou pela minha cabeça desde uma tetraplegia até a morte da americana. Mas poucos minutos depois ela estava em pé, para alívio de todos.
O golpe de Jessica não é ilegal, mas deveria ser coibido. Se não se pode dar socos na nuca do adversário, não faz sentido ser liberado que alguém seja arremessado dessa forma. Talvez o nocaute da brasileira possa ser usado como ponto de partida para mais essa adequação da regra para que algo irreversível não aconteça dentro do octógono no futuro.
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